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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sócrates, o Positivo!

            Quando ontem à noite liguei a televisão, deparo-me com Sócrates, o nosso excelentíssimo Primeiro-Ministro, a entrar numa determinada sala. Rapidamente percebi que ia anunciar os resultados do acordo feito entre Portugal e a Troika. Confesso que estava um pouco ansiosa!
            Durante o seu discurso, cheio de positivismo e orgulho, Sócrates apenas anunciou aquilo que se iria manter, afastando todos os fantasmas que pairavam sobre a cabeça dos nossos pais sobre os bem-ditos 13º e 14º mês. Mas afinal onde é que vão cortar para acabar de uma vez por todas com esta crise financeira? Foi exactamente esta a pergunta que fiz a mim mesma e que a maior parte dos portugueses deve ter feito. A vinda dos senhores da Comissão Europeia, do Fundo Monetário Internacional e do Banco Central Europeu serve para (no meu fraco entender político) implementar medidas que permitam ao país recuperar deste enorme buraco. Então mas para isso têm de cortar em alguma coisa não? Se as medidas que estavam em vigor não estavam a trazer os resultados desejados é porque são precisas medidas mais austeras. E é claro que essas medidas foram tomadas (como os mais diversos meios de comunicação social já nos anunciaram), mas Sócrates optou por não as divulgar.
            Acho que era isto que os portugueses estavam à espera de ouvir ontem da boca do nosso representante. Não é que as medidas positivas não tenham sido bem recebidas, mas o essencial era saber onde mais vamos ser prejudicados. Mas claro, a preocupação era dizer que se mantinham as medidas do PEC4 (segundo Sócrates), aquele que a oposição chumbou!
            E, senhor Primeiro-Ministro, era uma óptima técnica de argumentação começar por dizer as más notícias e a seguir as boas. Assim, divulgava tudo e a tristeza de umas medidas era rapidamente compensada pela alegria das outras.
           

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