O casamento real de William e Kate, que se realizou ontem em Londres, teve uma audiência aproximada de 2 mil milhões de telespectadores. Entre eles estão, com certeza, uns bons milhares de portugueses, que conseguiram tirar das suas cabeças pessimistas (mesmo que só por uma manhã) as condições reais em que se encontra o seu país e as suas honradas vidas. Vidas estas que vão sofrer algumas alterações com a vinda do Fundo Monetário Internacional que, provavelmente, irá cortar uns tantos subsídios e diminuir outros tantos salários.
Deixando de parte as festas da realeza britânica, a beatificação do Papa João Paulo II, que vai ter lugar amanhã em Roma, vai surtir, sem qualquer margem para dúvidas, os mesmos efeitos. Os portugueses vão poder concentrar-se num momento único e diferente, que vem alegrar o seu “dia santo” (Domingo) e pôr de parte, mais uma vez, o futuro pouco sorridente que se adivinha.
E como tristezas não pagam dívidas (caso pagassem eram necessários longos anos de tristeza para acabar com a dívida portuguesa!), venham de lá mais uns quantos casamentos mediáticos e umas tantas beatificações que é remédio santo.